Músicas do Rush – Uma por Álbum

Lojinha do Portal

English and Spanish version available. Click on the button with the flag at the bottom.

🎸 Working Man (Rush, 1974) - Um disco de Rock n Roll

Foi essa faixa que ligou o Rush ao público americano — graças a DJ Donna Halper de Cleveland que começou a tocá-la sem parar em 1974. “Working Man” ressoou com os operários da região por retratar a rotina exaustiva de quem vive para o trabalho. Para surpresa da banda, a música virou um hit local, abrindo caminho para o primeiro contrato nos Estados Unidos.

O instrumental é direto, com riffs densos e uma levada arrastada que lembrava o Led Zeppelin — banda que era referência direta para os primeiros passos do Rush. O solo de guitarra é longo e espontâneo, enquanto Geddy Lee entrega um vocal rasgado e potente, que já antecipava a assinatura do trio. O power trio canadense começava ali a trilhar sua identidade — e uma carreira de quase cinco décadas.

⚡ Anthem (Fly by Night, 1975) - A Entrada de Neil Peart

Com a entrada de Neil Peart na bateria, o Rush iniciou uma nova fase com “Anthem” — faixa que abre o disco Fly by Night. Inspirada na filosofia objetivista da dramaturga Ayn Rand, a letra celebra a individualidade e a liberdade de pensamento. Essa influˆência faria com que Neil e a banda fossem acusadas de práticas das quais jamais compactuaram. Musicalmente, é uma pancada: riffs rápidos, viradas agressivas e vocais intensos.

O título já entrega o tom épico. “Anthem” é um manifesto musical do novo Rush, mais ambicioso liricamente e mais técnico instrumentalmente. Foi a primeira amostra do que viria a ser a assinatura do trio: peso, virtuosismo e ideias filosóficas como anteparo lírico.

🏛 Bastille Day (Caress of Steel, 1975) - N˜ão tem p˜ão, que comam brioches.

“Bastille Day” foi a escolha ideal para abrir o Caress of Steel, um álbum marcado por riscos e experimentações. Alex Lifeson disse uma vez que talvez "nem a própria banda" tenha entendido este álbum. Com riffs cortantes e um clima revolucionário, a música evoca a queda da Bastilha como símbolo da quebra de correntes — tema que se alinha ao espírito libertário proposto do Rush.

A faixa logo se tornou uma das favoritas dos fãs mais ortodoxos e era presença constante nos setlists da década de 70. Aqui, o power trio começa a estender as ideias, flertando com o progressivo sem abandonar o punch direto do hard rock.

🚀 2112 Overture / The Temples of Syrinx (2112, 1976) - O talento do indivíduo contra a repress˜ão art'ística

O divisor de águas. “2112” deu a Geddy Lee, Alx Lifeson e Neil Peart a independência artística — e fãs devotos. Ao mesclar ficção científica com crítica social, Peart criou uma distopia onde a música é proibida. “The Temples of Syrinx” é a seção mais explosiva d, marcada pelo vocal agressivo de Geddy e riffs cortantes.

Essa música abriu as portas para que o Rush ganhasse autonomia frente à gravadora. É um dos momentos mais impactantes da discografia da banda — e um marco do rock progressivo mundial. Leia mais sobre esse álbum nesta página.

💖 Closer to the Heart (A Farewell to Kings, 1977)

“Somebody told me that you guys like this one, so we decided to play it here in Brazil...” — foi assim que Geddy Lee anunciou Closer to the Heart no Rush in Rio. Segundo Neil Peart, a música nem estaria no setlist da turnê, mas foi incluída por ser a favorita do público brasileiro.

No canal do Instagram do Portal Rush Brasil, comentamos sobre o vídeo de Rick Beato, que destaca o violão de 12 cordas de Lifeson, o baixo com inversões refinadas de Geddy e os rototoms melódicos de Neil. Uma faixa curta, simples — e surpreendentemente poderosa.

🌳 The Trees (Hemispheres, 1978)

Minimalista na forma, maximalista na metáfora. “The Trees” começa com ares pastorais, mas esconde uma crítica afiada à disputa por poder e status. Composta por Neil Peart durante um momento de pura imaginação, a letra fala de carvalhos e bordos em desacordo sobre a luz do sol — uma fábula que muitos interpretam como sátira ao ressentimento social.

Apesar da origem despretensiosa, “The Trees” se tornou uma das composições mais reverenciadas pelos fãs. Seu arranjo é uma aula de progressivo compacto: começa com violão, constrói-se com camadas de moog e mellotron, até culminar num clímax orquestrado com a bateria de Neil soando como uma floresta viva. A introdução de Lifeson é feita em harmônicos no violão de 6 cordas — algo técnico e sofisticado que inspira guitarristas até hoje.

No canal @kazagastao, Gast˜ão Moreira e @clementetadeu comentam como interpretaram "The Trees" atento.

🚗 Tom Sawyer (Moving Pictures, 1981)

Com mais de 365 milhões de execuções no Spotify, “Tom Sawyer” é a música mais conhecida do Rush. Foi usada pela Rede Globo como tema da série "Profissão Perigo" do MacGyver, algo que a banda só descobriu no show de 2002 no Brasil. Quem tem o encarte do Rush in Rio já deve ter lido (apesar de também ficarmos sabendo que Tom Sawyer foi usada pela TV brasileira como tema de McGyver). Aí dissemos Como 'é que é?)”

Seu riff icônico, os sintetizadores marcantes e a performance técnica da banda criam uma combinação irresistível entre peso, precisão e inventividade. Tom Sawyer é o cartão de visitas definitivo do power trio. Leia mais sobre o álbum aqui e confira também a camisa temática.

últimas notícias

Playlist do Rush

“Alex Lifeson além do Rush: nova fase, novas sonoridades, muitos projetos — e a cerveja que (ainda) não chegou ao Brasil”