Assuming Control

Capítulo IV – Assuming Control

Lojinha do Portal

English and Spanish version available. Click on the button with the flag at the bottom.

“Parecia uma evolução de onde eles queriam chegar, achei que tinha um potencial interessante e era um disco sombrio, mas com certeza um bom disco”, essas foram as palavras do produtor Terry Brown sobre o segundo álbum Fly by Night, lançando em fevereiro de 1975 e que iniciou os conflitos entre a banda e a gravadora Mercury que percebeu nítidas diferenças entre as músicas do primeiro trabalho do Rush e este último.

A situação piorou mais ainda com o disco seguinte (ainda em 1975), Caress of Steel, com canções muito extensas e de pouco apelo comercial que desagradaram não só a gravadora, como também a muitos fãs. “Estávamos muito “altos” quando compusémos esse álbum… ninguém conseguiu entender a mensagem, e para ser sincero nem mesmo a gente!” – confessam os integrantes.

O Rush se vê perdido, o empresário Ray Danniels recebe duras críticas, as apresentações nesse momento são em locais menores como a minúscula cidade Battle Creek no Michigan e por consequência, os resultados financeiros minguaram. Lifeson cogita voltar a trabalhar como auxiliar de bombeiro com o pai e Neil Peart passa a dormir por um tempo no sofá da casa de um amigo.

“Conversamos sobre como preferíamos acabar derrotados lutando a tentar fazer o tipo de disco que eles queriam” – desabafa Geddy Lee. O baterista, se inspira no livro “Vontade Indômita” (no documentário foi erroneamente traduzido como “A Nascente”) da russa Ayn Rand e constrói uma temática baseada do indivíduo contra a massa. Sendo assim, em fevereiro de 1976 (poucos meses depois do lançamento de Caress of Steel), o Rush lança o álbum que consagrou a banda… 2112.

Mesmo assim a gravadora se irrita com as músicas intermináveis, mas o sucesso logo aparece, pois o “disco comunicou e alcançou pessoas num nível que acabou estourando na clássica forma do boca a boca” – relata Peart. Veja a opinião de alguns famosos quando ouviram 2112 pela primeira vez:

“O disco me levou instantaneamente numa viagem, olhei a capa do disco e aí percebi que só eram três… como é que três caras conseguem fazer um som como esse? – Kirk Hammet, guitarrista do Metallica.

“O teclado aparecia de repente e “zuuum” .. era como uma nova experiência em música, eu nunca tinha ouvido nada como aquilo, e foi isso, fiquei fascinado com o som do Rush desde então” – Vinnie Paul, baterista do Pantera.

“Consegui aprender a tocar todo o disco na sequência e tenho a impressão que devo ter ficado um ano trancafiado no quarto para conseguir fazer isso” – Billy Corgan, líder do Smashing Pumpknins.

Quando criança ouvi a música, fiquei interessado na história do livro e resolvi ir até a loja comprar um livro para mim. Hoje me pergunto: “Que diabo de banda faz um moleque de 12 anos ficar completamente ligado em literatura? – Sebastian Bach.

O disco foi um estonteante sucesso, mas a gravadora não apareceu em nenhuma única sessão que a banda fez e de acordo com Neil “foi de certa forma a garantia de ser intocável e partir de então fazer o que quiséssemos”.  E você? O que sentiu a primeira vez que ouviu 2112?

últimas notícias

Neil Peart revela em seu livro como foi se perder nas estradas brasileiras

Portal Rush Brasil – Faça Sua Doação Para Nossos Amigos do Rio Grande do Sul