Capítulo V – Terminally Unhip

Lojinha do Portal

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Continuamos a nossa saga com o 6º capítulo do Beyond the Lighted Stage. Mesmo que esse seja o capítulo mais rápido (com apenas 3 minutos de duração) existe um clima de grande alvoroço pelos relatos que questionam o estilo visual do Rush em início de carreira e principalmente as ácidas“críticas dos críticos” em relação à qualidade musical da banda.

Bem, vamos lá…preparem suas gavetas, pois vamos tentar enquadrar o Rush em algum estilo musical.

“A maioria dos críticos ignorou “2112” ou tratou o Rush negativamente” – é o que afirma Cliff Burnstein – gerente do Mercury Records Chicago e peça fundamental para a contratação do Rush pela gravadora nos Estados Unidos (como já mostramos no capítulo III).

De acordo com Lifeson, muitos desses profissionais de revistas e jornais sempre odiaram o Power Trio e escreviam suas críticas mesmo sem terminar de assistir aos shows do Rush, comprometando assim qualquer análise mais aprofudanda sobre a banda. Nessa parte do documentário é dedicado um momento para enumerar essas frases maliciosas:

“O interesse sem humor (e limitado) da banda em temas literários e a pobre noção de melodia criam um show medíocre”.

“Barulhento, medíocre, deprimente e ultrapassado”.

“As músicas são uma rede cancerosa de mudanças de nota e compasso”.

“Presunçoso, hipócrita, estupidamente pseudossimbólico”.

Claro que uma voz tão estridente como a do Geddy Lee era um prato cheio para quem quisesse debicar os jovens canadenses. Muitas revistas inisistiam com assuntos “ultraje-cômicos”, como:

“Uma voz que soa como um rato preso numa ratoeira”.

“Hamster a mil por hora”.

“O ganido da morte no Hades”.

“Mickey Mouse aspirando hélio”.

“Um estrangulamento de um hamster”.

“Um gato sendo caçado com um maçarico no rabo”.

Lifeson descreve que a banda descobriu que tinha um público crescente e que não se pouco se importava com o que a imprensa dizia. Mesmo com essa certeza, ser também aboletado como uma banda “fora de moda” atrapalhava a visão comercial, além do fato de que as músicas eram muito longas para as rádios comerciais. Com todas essa miscelânea de questionamentos, o próprio Geddy Lee interpela, “peraí… o que diabos é o Rush, afinal”?

Uma das pessoas que opinam no documentário é John J.d Roberts, jornalista canadense consagrado pelo canal FOX News Channel, que também malogra ao tentar responder essas perguntas: “Durante muitas décadas tem sido difícil encaixar o Rush em algum tipo de definição. Hard Rock e ao mesmo tempo “orquestral”, simples e ao mesmo tempo complexo. Ninguém nunca conseguiu rotulá-los muito bem” – ratifica.

Geddy foca também retoma o assunto sobre aparência visual logo em seguida. “Vamos encarar que nunca fomos bons nesse lance de imagem. Queríamos desesperadamente usar jeans e camiseta, mas fomos criados numa época que diziam que isso não era legal. Lembro de uma vez num bairro em São Francisco que encontramos quimonos e robes dos mais variados estilos e perguntamos para nós mesmos: “Por que não experimentar isso?”.. Daí então surgiu o período dos robes proféticos”.

===========PORTAL RUSH BRASIL================

Nota do administrador: Tânios Acácio

Conheço bons profissionais de música que afirmam categoricamente que o Rush é uma banda incrível, mas que a voz do nosso vocalista narigudo impede que eles conheçam mais sobre suas músicas e carreira. Não adianta, para muitos ainda é um embargo intransponível que eu acho uma pena, já que a voz do Geddy Lee foi o que mais me chamou a atenção no 1º contato que tive com o Rush. Acho que a voz dele funciona como um instrumento musical harmônico como um todo.

Sobre o design, percebemos hoje que os organizadores do show do Rush batem pesado para que a experiência da plateia seja diferenciada, com filmes divertidíssimos nos telões e a produção como um todo é impecável. Para quem está por dentro do estilo steampunk do Clockwork Angels, sabe o que estou falando.

Tudo bem!!!… ainda vemos uma certa incongruência, com o Lifeson mais bem alinhado, às vezes de paletó e o Geddy com um vestuário mais moderninho, enquanto que o Professor prefere usar sua toquinha faceira na cabeça. Tudo bem, tudo bem, tudo bem, mas cá pra nós… bem melhor que aqueles quimonos e robes.

E aí? O que você acha dessas críticas musicais e vestuários abandalhados?

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