A Desconstrução do Rush

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Revista PLSN – Production, Lights &  Stage News – Edição Julho/2015
Fonte: plsn.com – 
http://goo.gl/mnb2p5
Fonte de imagens: plsn.com, cygnus-x1.net, ca.movember.com, snipview.com

Agradecimentos ao baixista da Chorus, Leo Skinner, que fez a tradução do texto de forma integral. Valeu, mister Skinner.

O Rush caiu na estrada no mês passado para o que eles estão chamando de “a continuação da R40” – celebrando 40 anos como uma banda. O ganhador do prêmio Parnelli de Designer de Produção, Howard Ungerleider, explica que na verdade ele está entrando em seu 41º ano com a banda, tendo entrado na luta em 74, como ele diz, “para ensinar uma nova banda como excursionar.” Mas o que separa essa turnê de qualquer outro show do Rush é que eles estão excursionando com um tema dessa vez. Eles estão “Desconstruindo” sua carreira ao vivo – conforme cada música que tocam, eles te levam um passo de volta em sua longa, longa carreira.

Tecnologia Subtrativa em Movimento

Antes de cada turnê do Rush, a equipe artística, que inclui o diretor criativo Dale Heslip, Geddy Lee, o produtor Allan Weinrib (irmão mais novo de Geddy) e Howard Ungerleider, começam a se juntar para trocar novas ideias.

E antes de sua última sessão de brainstorming, Dale chegou com a ideia de voltar no tempo. Sua ideia era encenar um show que começasse onde eles pararam em 2013, com todo o visual e tecnologia de ponta da turnê Clockwork Angels, e levar o público de volta no tempo até às primeiras apresentações do Rush, com alguns amplificadores em cadeiras de madeira e o globo de espelhos no teto.


Dale lançou a ideia para o Geddy, que imediatamente convocou uma reunião para discutir mais o conceito. Lá, todo mundo observou Howard chegar com as ideias de fazer com que o conceito fosse viabilizado.

Enquanto Ungerleider é o primeiro a admitir que o tema para essa turnê é uma ótima, ele também percebeu que provavelmente seria o maior trabalho que ele ja teve para colocar num palco do Rush. Seu título pessoal para essa produção foi considerado uma “Tecnologia Subtrativa em Movimento”.

Todos concordaram que esse seria o caminho a ser seguido. Eles poderiam trazer de volta imagens de vídeos antigos, padrões de luzes e músicas que não são ouvidas a muito tempo. Eles precisaram esboço de todos os períodos da carreira da banda, o qual a equipe criativa decidiu que poderia ser feito dividindo a carreira da banda em cinco segmentos de tempos. Estes incluíram:

Era Atual da Grande Tecnologia (2007 – Presente)

Estética de Grandes Arenas (Década de 90 e 2000)

Estética de Pequenas Arenas (Década de 80)

Estética de Teatro (Final dos anos 70)

Período de Ginásio (Começo dos anos 70)


Eles estão começaram com um storyboard para a apresentação e o atualizava conforme eles seguiam em frente, tentando manter quatro ou cinco músicas para cada período do tempo. Claro, os shows do Rush são conhecidos por nunca se estagnarem, então a banda irá recorrer a très setlists separados, que se alternam entre si.

Para refazer a aparência dessas eras, Howard teve que reunir 40 anos de rascunhos para estudá-los. Os ultimos 20 anos foram mais faceis – foram todos desenhados no CAD, e ele tinha tudo em seu computador. Mas para os primeiros 20 anos, Howard teve que esvaziar sua capsula do tempo pessoal e desenterrar não só os rascunhos que criou nos anos 80, mas também os desenhos feitos a lápis que precederam essa época.

A iluminação não foi a única coisa que mudou para o Rush nos últimos 40 anos. Rush e Ungerleider abraçaram o uso de visuais multimidia ao decorrer de toda suas carreiras, e os elementos de vídeo, também mudaram.

Enquanto a turnê do Clockwork Angels contou com uma enorme parede de LED em cima do palco, nem sempre foi tão fácil assim de adicionar visuais enormes e animados em um show. Na turnê Fly By Night em 1975, a banda teve uma grande coruja como seu logotipo. Através do uso de alguns projetores KODAK, a banda conseguia fazer com que a coruja batesse suas asas. Howard passou para filmes de 16mm  projetados repetidamente no telão, seguido por três máquinas de 35mm separadas, projetando ao mesmo em um único telão.

“Eu tentei emular a experiência 3D IMAX”, explica ele. “Mas naquela época, você não poderia excursionar com aqueles projetores bestiais, e claro, com certeza, nós não tinhamos servidores de mídia.”

O Maior problema encarado por Ungerleider provavalmente tenha sido o principio “de frente para trás”, de começar o show com um grande visual, culinando com o mais simples esqueleto de iluminação no final do show.

Howard é renomado por começar os shows com um visual básico e construir a iluminação conforme o show progride. Ele pode usar um único efeito de iluminação para apenas uma única canção em uma performance, mesmo que esse efeito possa exigir 100 iluminarias. Por exemplo, na última turnê do Rush, Howard tinha em seu equipamento sessenta e oito Clay Paky Sharpys montadas em seu equipamento. Mas o público não via um sequer até depois de dois terços do show ter passado. E quando ele os usava, o visual que ele escolheu era tão diferente de qualquer outro designer de palco feito na época. Ele os usava para imitar uma tempestade no palco. ( n.t.: o efeito era usado apenas na segunda parte de The Wreckers).

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