Olá, pessoal do @portalrushbrasil!
Vamos as primeiras notícias de abril sobre o Rush:
A @rockbizz publicou uma entrevista descontraída que Alex Lifeson (@thereallersxt) concedeu para o canal Rockman Power Hour.
Lifeson relatou sua nova experiência tocando na banda @envyofnone e disse ter conseguido tocar guitarra de forma diferente: “Eu não queria ser ‘o guitarrista da banda’, minha intenção de fato não era soar como guitarra, nem como teclado ou sintetizadores. E foi divertido, poder manipular sons diferentes (…) a banda Envy of None é composta por 4 compositores independentes que se juntaram para fazer um álbum, de forma mais orgânica, sem muita expectativa ou demanda” afirmou Alex.
Aqui destacamos a excelente (e respeitosa) pergunta feita pelo entrevistador que quis saber mais sobre o lado criativo de Lifeson:
“Não é legal quando você ‘senta com pessoas’ com quem você nunca esteve antes, (…) e desenvolve um projeto como esse? E as coisas começam a ganhar forma, e você percebe que tinha coisas dentro de si que não sabia?!” A partir desse momento, Lifeson relata espontaneamente sobre o @rush: “Esse novo projeto [tocar na Envy of None] foi bastante libertador… foi muito difícil aceitar que a banda tinha acabado, mesmo com 41 anos de estrada … não tem um pingo de vergonha nisso. E Neil não sentia que podia tocar 100%, estava ficando muito difícil tocar esse tipo de música 3 horas por noite, e ‘isso foi o que foi’, foi o fim. Logo em seguida veio a notícia que ele havia adoecido. (…) Eu sabia que tinha mais música dentro de mim, e acho que sou mais um compositor do que propriamente um guitarrista. (…) Eu achava que era o contrário. E eu tenho tantas ideias, elas estão por aí, tem tanta melodia, e tanta harmonia, e tanta cor, e tanto tom… que isso é mais do que simplesmente tocar.”
Lifeson de fato ficou muito à vontade com o entrevistador, que fez questão de perguntar sobre o novo investimento em parceria com a Henderson Brewing Company de Toronto — a pequena empresa que produziu a “cerveja do Rush”. O guitarrista disse ter feito suas habituais patetices desde o primeiro dia das gravações nas instalações da cervejaria, e fez questão de destacar sua profunda amizade: “Geddy Lee não é só um amigo, desde pequeno ele é o meu melhor amigo.”
Vale a pena também citar o artigo de João Carvalho, jornalista do jornal digital JC, que relembrou que o álbum é encerrado com a música “Western Sunset”, em homenagem ao amigo Neil Peart: “Visitei Neil quando ele estava doente”, diz Alex Lifeson. “Estava na varanda dele vendo o pôr do sol e encontrei inspiração (…) Foi o clima perfeito para descomprimir depois de todas essas texturas diferentes… uma boa maneira de fechar o disco” concluiu.
É muito bonito ver esse novo momento na carreira do Alex. É nítido perceber que ele está envolvido com a Envy of None, e que ele se percebe como “além de apenas um guitarrista”. Observando mais de perto nas questões de linguagem, ele usa termos sinestésicos, como “cor na música” e “experiência cinematográfica” com essa composição de tantos elementos e tantos matizes.
Segunda notícia
Nossa segunda notícia é a entrevista no canal “Sonic Perspective” do brasileiro Rodrigo Altaf com o músico e produtor musical Andy Curran (@andycurranofficial), que toca baixo agora com Lifeson na Envy of None, junto com Alfio Annibalini e a vocalista Maiah Wynne. Andy é membro fundador da banda Coney Hatch e já compartilhou o palco com: Judas Priest, Iron Maiden, Peter Frampton, Ted Nugent e, claro, Rush. Além disso, tem no currículo um Juno Awards (o Grammy canadense) no ano de 1992 como Vocalista Mais Promissor do Ano. O entrevistador Rodrigo perguntou sobre o novo projeto, e claro sobre o power trio.
Andy (que durante a conversa estava na área do depósito na sede do Rush no Canadá), explicou que foi jurado num projeto de talentos musicais da qual Maiah participou. Ela foi classificada e ganhou uma mentoria com o próprio Andy. No meio desse trabalho, Maiah surpreendeu seu mentor, revelando que gostaria de trabalhar com ele que, surpreso, decidiu aceitar o convite. Pouco tempo depois, Andy despretensiosamente fez contato com seu amigo Alex Lifeson e apresentou o trabalho de Maiah. O guitarrista do Rush ficou maravilhado com sua voz e, como ambos tinham “trabalhos guardados na gaveta”, resolveram apostar no projeto. Lifeson disse: “Andy, você encontrou um diamante a ser lapidado.”
Por 15 anos, Andy Curran foi o “A&R” (profissional responsável por fazer o elo entre músicos e gravadoras) da Anthem — atual gravadora do Rush. Seu trabalho após o falecimento do Neil consistiu em ser responsável por organizar o lançamento “dos boxes de celebração da banda”, como os 40 anos de 2112, Hemispheres e Farewell to Kings. Mesmo saindo posteriormente da Anthem, Geddy Lee e Lifeson solicitaram que Andy continuasse a trabalhar com eles.
Para finalizar, vale lembrar que a banda Envy of None lançará seu álbum de estréia auto-intitulado no dia 8 de abril via Kscope. São 11 faixas, e como dito por Lifeson anteriormente e por Andy, o quarteto une melodias de som industrial, pop, euro-pop, num contexto atmosférico.