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A Inigualável História de Geddy Lee

Por Tânios Acácio
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Geddy Lee Fly by Night Portal Rush BRasil

Biografia lançada, vinda ao Brasil e muito mais.

Autor: Tânios Acácio e André Toga Machado
Data: 29 de julho 2023

Geddy Lee comunicou em abril que lançará no dia 18 novembro desse ano sua autobiografia chamada: “My Effin Life“. No Brasil, a obra será lançada pela Editora Belas Letras, a primeira editora no Mundo a fazer a tradução do livro do baixista do Rush, evidenciando o imenso impacto que o power-trio canadense tem no público brasileiro. Para alimentar ainda mais os anseios dos fãs tupiniquins, recentemente a revista Veja publicou que o ex-baixista do Rush pretende vir ao Brasil em março de 2024 fazer o lançamento de seu livro. Pouco se sabe, muito se confabula.
O (ex/ou eterno)-baixista do Rush comentou que no período da pandemia, seu amigo (e escritor) Daniel Richler percebeu que ele estava enfrentando um período de muita tristeza após o falecimento de seu amigo e companheiro de banda Neil Peart. Daniel de forma muito respeitosa, tentou ajudá-lo, pedindo para que ele escrevesse alguns contos engraçados de sua juventude. Geddy topou o desafio, e logo percebeu que havia iniciado um livro de contos.
Diante de tamanho rebuliço, o Portal Rush Brasil resolveu contar a trajetória pela vida de Geddy Lee, um pequeno garoto canadense filho de imigrantes poloneses residente nos subúrbios de Toronto, que se sagrou como um dos maiores baixistas da história do rock. Os leitores do Portal terão a oportunidade de conhecer algumas histórias por trás das músicas icônicas do Rush, sua infância, principais influências, sua técnica melódica e vocal, bastidores do Rush in Rio relatados pelo próprio baixista do Rush, alguns de seus hobbies inusitados, bem como os desafios e as vitórias que Geddy Lee enfrentou ao longo de sua carreira. Boa leitura

Os Primeiros Anos

Gary Lee Weinrib nasceu em Willowdale, uma encantadora comunidade nos subúrbios em Toronto no Canadá, no dia 29 de julho de 1953. Ele é filho de Morris e Mary Weinrib (cujo nome de batismo é Manya Rubenstein) e recebeu o apelido carinhoso de ‘Geddy’ quando tinha apenas 12 anos. O apelido surgiu devido ao sotaque polonês marcante de sua mãe ao chamá-lo. Geddy “abraçou” esse apelido e acabou adotando-o como seu nome artístico. Seus pais eram judeus poloneses refugiados, sobreviventes dos campos de concentração Dachau e Bergen-Belsen durante a Segunda Guerra Mundial.

Geddy Lee novinho segurando álbum dos Beatles.
Fonte: Rock n Roll Garag

Em uma entrevista para a revista Prog em janeiro de 2016, Geddy Lee compartilhou relatos comoventes sobre a história de seus pais durante a Segunda Guerra Mundial, que moldaram sua visão de mundo e sua apreciação pela vida.

Durante esse período sombrio, o pai de Geddy encontrou maneiras de subornar os guardas para ajudar sua mãe. Ele frequentemente pedia que os militares levassem sapatos para ela, entre outras formas de auxílio, e as circunstâncias os levaram a serem transferidos para diferentes campos de concentração nazistas. Sua mãe foi enviada para Bergen-Belsen, no norte da Alemanha, enquanto seu pai foi levado para Dachau, em Munique. A separação dolorosa e durou até o fim da guerra.

Após a libertação, porém, o destino trouxe uma nova oportunidade para o casal. Eles se reencontraram em Bergen-Belsen e, em meio às adversidades, conseguiram se casar no local. Os campos de concentração estavam em processo de transição para “campos de desabrigados”, e os sobreviventes foram transferidos para alojamentos disponibilizados pelos alemães.

Os pais de Geddy emigraram para o Canadá, e foram morar nos subúrbios de Toronto no bairro de Willowdale. Aos 12 anos o garoto perdeu o pai, e isso deixou um impacto profundo em sua vida. A ausência do pai trouxe estresse adicional para o lar, uma vez que a mãe precisava trabalhar diariamente, e a avó de Geddy teve que cuidar dele e de sua irmã.

O período da adolescência, naturalmente turbulento, combinado com a falta de uma figura paterna presente e o medo de ser descriminado pela sua origem judia, aumentaram sua rebeldia e seu perceptível interesse pela música.

Geddy Lee com sua mãe Mary Rubenstein – falecida em julho de 2021.
Na chamada, um trecho da música Afterimage do álbum Grace Under Pressure
Fonte: Museu do Holocausto

Foi nessa fase de mudanças e desafios que Geddy Lee conheceu Alex Lifeson, que se tornaria seu parceiro musical e seu melhor amigo de toda a vida. Alex, que mais tarde se juntaria a Geddy no Rush, foi descrito como uma “má influência” e foi a primeira pessoa com quem Geddy fumou maconha.

Lee já se descreveu como um “judeu ateu” que valoriza a beleza cultural do judaísmo, embora não acredite que ser judeu esteja necessariamente ligado à fé em Deus. Geddy se casou com Nancy Young em 1976 e juntos tiveram dois filhos, Julian e Kyla.

Apesar dos desafios enfrentados por sua família e das dificuldades do período pós-guerra, Geddy encontrou na música uma forma de expressão e uma maneira de superar as adversidades. Sua paixão e talento o levaram a se tornar uma figura lendária do rock progressivo, e sua história de vida continua a inspirar gerações de músicos e fãs.

Onde Tudo Começou para Geddy Lee

Antes de se tornar a força criativa por trás do Rush, Geddy revelou que sua jornada musical teve início com uma profunda admiração pelas bandas: Cream, Yardbirds e The Who que o cativaram desde cedo e deixaram uma fonte constante de inspiração para o jovem.

Impelido por essa paixão avassaladora, Geddy comentou com sua mãe que tinha gostado de ver seu vizinho tocar violão, e com 50 dólares recebidos de presente, o pequeno Lee comprou seu primeiro instrumento musical. Ao colocar as mãos no instrumento, ele descobriu um talento nato para aprender músicas de ouvido. Essa sua habilidade o levou a se aprofundar no repertório de outras bandas e artistas, interpretando suas músicas com precisão e entusiasmo.

Geddy e Alex Lifeson jovens.
Fonte: Ultimate Guitar

Foi então que seu amigo Alex Zivojinovich (sim, Alex Lifeson) da escola Fisherville Junior High School no bairro de Willowdale, o convidou para integrar ao seu trio, já que o baixista anterior Jeff Jones havia desistido de fazer parte da banda para ir a uma festinha. Sendo assim, no dia 13 de setembro de 1968, Geddy Lee fez com Alex Lifeson e o baterista John Rutsey o primeiro show da banda num local atrás da igreja anglicana de São Theodoro de Cantenbury chamado Coff-in. Os integrantes do trio receberam o total de 25 dólares canadenses em cachê e torraram tudo em batata frita numa delicatessen não tão longe do local do show.

As Primeiras Experiências Musicais

Geddy Lee afirmou numa entrevista para o programa The Strombo Show que suas influências musicais vêm de algo escondido, de forma inconsciente, e que tocar música é uma espécie de salvação para fugir de toda “aquela merda” vivida com as histórias dos pais no pós-guerra”.
Sobre o início de sua carreira, um fato pouquíssimo comentado, é que oficialmente Geddy Lee já foi demitido por Ray Daniels – o primeiro (e eterno) empresário do Rush – e que nesse hiato, foi tocar em outra banda chamada Ogilvie.
Geddy foi “reconvidado” a fazer parte da banda, mas foi relutante ao ser informado que deveria cantar, já que inicialmente tinha em mente participar dos shows em formato de jam. 

Ao longo dos anos, Geddy Lee se estabeleceu como uma força musical inigualável, destacando-se por sua voz distintiva, sua habilidade virtuosa no baixo e teclado, e suas composições complexas e emocionantes.

Geddy Lee como Baixista e Vocalista

De acordo com o baixista da Rush Project de São Paulo, Wellington Carrion, Geddy Lee desenvolveu uma técnica chamada Flamenco Picking Technique: “É o que ele começou a fazer no álbum Counterparts pra frente, e se trata de puxar e empurrar com o indicador a corda na cabeça do tempo alternando com notas abafadas. Muitas músicas do Rush tornam-se exequíveis quando vc se acostuma. Isso se o dedo não cair antes“.

É um estilo próprio que consiste em criar linhas de baixo rápidas e intrincadas, alinhadas à sua distinta destreza, fizeram com que Geddy Lee se tornasse um mestre e uma referência de altíssimo gabarito. Seus dedos deslizam habilmente pelas cordas, criando grooves extraordinários que prendem a atenção do ouvinte e dão vida às composições do Rush. Ele é capaz de alternar entre ritmos frenéticos e passagens mais suaves, demonstrando sua versatilidade e sua compreensão profunda da música como um todo.

Ao longo da carreira do Rush, Geddy Lee foi responsável por criar algumas das linhas de baixo mais icônicas e memoráveis da história do rock. Desde os clássicos “Tom Sawyer” e “YYZ” até as composições épicas e progressivas de longa duração, como 2112 e La Villa Strangiato, seu estilo virtuoso e inovador transcendeu fronteiras musicais e inspirou gerações de baixistas.

Em relação à sua voz ímpar e icônica, quando garoto, Lee era o “soprano” do coral, e sua a voz chegava a notas mais agudas que as meninas no colégio. Ao iniciar sua carreira no Rush, Lee desenvolveu uma série de técnicas vocais, como o uso de falsete e a mistura de diferentes registros, para alcançar as notas agudas características das músicas do power-trio. Vale lembrar que muitos críticos musicais fizeram piadas com sua voz estridente, como: Geddy Lee parece o “Mickey Mouse aspirando aspirando gás hélio” ou “um gato sendo caçado com um maçarico no rabo”.

Range de voz de Geddy Lee
Com o passar dos anos, a voz de Geddy Lee naturalmente passou por mudanças, como acontece com todos nós, mas ele soube se adaptar e preservar sua voz única, tornando-se um vocalista icônico e amado por fãs de todo o mundo.

As influências de “God Lee”

Se tratamos Lee com tanta reverência, quem será que influenciou e inspirou tanto essa lenda musical?

Jack Bruce (Cream): Geddy Lee foi profundamente influenciado pelo estilo de baixo de Jack Bruce, membro da icônica banda de rock Cream. A habilidade de Bruce em tocar melodias complexas e seu estilo de tocar dinâmico e virtuoso tiveram um grande impacto em sua carreira.

Geddy Lee ao lado de uma de suas maiores inspirações, o Yes.

Chris Squire (Yes): Outra influência importante para o ex-baixista do Rush foi Chris Squire, baixista da banda de rock progressivo Yes. Squire era conhecido por sua abordagem única no baixo, usando técnicas próprias e a criação de linhas melódicas complexas. Além disso, é válido relembrar que em 2017, na noite em que o Yes subiu no panteão do Hall da Fama do Rock, foi Geddy Lee (junto com Lifeson) quem fez a apresentação e tocou com a banda inglesa no lugar de Chris Squire que havia falecido dois anos antes.

John Entwistle (The Who): Entwistle era conhecido por sua técnica virtuosística e por tocar linhas de baixo criativas que muitas vezes assumiram um papel de destaque nas músicas da banda. Geddy Lee adotou essa abordagem ousada e expressiva em seu próprio estilo.

Genesis: A música do Genesis, especialmente durante a era de Peter Gabriel como vocalista, influenciou-o bastante . A complexidade e a abordagem progressiva das composições do Genesis ressoavam com ele e tiveram uma grande influência no som do Rush.

Jaco Pastorius e Stanley Clarke: Ele incorporou elementos desses gêneros em seu estilo de tocar baixo, adicionando complexidade e uma abordagem mais técnica às composições do Rush.

Equipamentos, Técnicas… e livro

Em termos de baixos, Geddy Lee tem uma longa associação com a marca Fender. Seu baixo principal por muitos anos foi um Fender Jazz Bass modificado, conhecido como “The Old Faithful”. Ele adicionou um captador DiMarzio Model One na posição do braço, que lhe proporcionou um timbre rico e encorpado. Geddy também é conhecido por usar o modelo Rickenbacker 4001 ocasionalmente, como evidenciado em músicas como “Tom Sawyer”. Além disso, ele possui uma extensa coleção de baixos vintage, cada um com sua própria personalidade sonora.

Em entrevista para a Premier Guitar, traduzida pela Musicosmos, após quatro décadas de turnês e gravações com o Rush, Geddy Lee se voltou para sua paixão pelo colecionismo de instrumentos vintage. Anteriormente, ele via os baixos apenas como ferramentas para criar música, mas a curiosidade sobre a evolução de modelos específicos e seus lugares na história do baixo elétrico levou Lee a se aprofundar. Ele acumulou uma coleção de mais de 250 baixos vintage, e o seu interesse foi tão longe que ele documentou sua coleção e paixão pelo instrumento em seu livro, intitulado “Geddy Lee’s Big Beautiful Book of Bass“​, leitura obrigatória para qualquer baixista.

Geddy Apoiou Neil em Seu Maior Momento de Dor

A longa amizade de Geddy Lee com Neil Peart se mostrou ainda mais sólida do período em que o baterista do Rush enfrentava um longo período de luto após o falecimento precoce de sua filha Selena num acidente de carro. Neil estava fazendo terapia com sua esposa em Londres com uma psicóloga especializada no terapia de luto. Neil descreve em seu livro “A Estrada da Cura” que recebeu a visita de seu amigo Geddy Lee na capital inglesa. Ele disse que em um momento do encontro resolveu “bancar o chef” de cozinha, e deixou sua esposa Jackie conversando com seu amigo a sós. Neil descreve que ouviu Jackie se distrair com as falas brincalhonas que Geddy Lee. Neil confessa também posteriormente que contou a seu amigo que estava partindo para uma “viagem para algum lugar”, e que ele se ofereceu para encontrá-lo “em qualquer lugar, a qualquer hora” caso precisasse de sua companhia. Essa frase marcou Neil Peart que prometeu que manteria esse convite carinhoso em mente. Anos mais tarde Geddy Lee lhe deu de presente o livro “The Perfect Vehicle – What it is about motorcycles” que foi muitíssimo bem recebido pelo seu amigo motociclista Neil Peart. 

O “Rush in Rio” na visão de Geddy Lee

Imagem: Wellington Carrion – baixista da banda cover Rush Project de São Paulo

 O show “Rush in Rio” realizado no estádio do Maracanã em 23 de novembro de 2002 para mais de 40.000 pessoas foi um divisor e um parâmetro para a carreira do Rush. Após dolorosas décadas de espera dos fãs, os integrantes da banda ao chegarem ao país tiveram que responder de qual foi o real motivo da longa espera… “não fomos muito espertos”, disse Geddy Lee na coletiva de imprensa visivelmente constrangido. Na verdade, o power trio canadense já havia recebido convites para tocar no Rock in Rio, mas a incompatibilidade de agendas foi um fator decisivo.
Geddy Lee relembra no livro “Driven Rush in 90s and “In the End“: “assim que começamos a tocar YYZ música, toda aquela multidão começou a subir e descer de forma ritmada (…) eles cantavam partes, não sei se eram cantos de futebol ou o quê. Foi incrível para mim que eles estavam cantando bem e adicionando novas partes ao nosso material instrumental.
O baixista do Rush conclui ”para mim, o Rio representou uma vontade da banda em aceitar novas experiências, de expandir nossa visão do mundo até onde as turnês do Rush podem chegar. Chegar lá e ter essa novidade maravilhosa nessa experiência com uma nova cultura. 

Carreira Solo – My Favorite Headache (Minha Dor de Cabeça Favorita)

Além de sua carreira de sucesso com o Rush, Geddy Lee também explorou o mundo da música em carreira solo. Ele lançou seu primeiro álbum solo, intitulado “My Favorite Headache”, em 2000 no hiato entre os álbuns “Test For Echo” e “Vapor Trails”, em que a banda estava sem um rumo certo, devido as questões pessoais de Neil Peart.

Com algumas canções em mãos, a maioria delas com uma proposta menos complexa do que a explorada pelo Rush, Geddy Lee convidou alguns músicos de renome como o baterista Matt Cameron (Pearl Jam/Soundgarden). Na época do lançamento, Geddy mencionou que aproveitou a oportunidade de lançar algo sem o nome Rush para mudar um pouco de direção, reduzindo a complexidade e focando em algo mais direto, melódico e acessível.

Por fim, seria justo dizer que “My Favourite Headache” recebeu boas críticas, e apresenta Lee em sua face versátil e criativa.

No topo dos Rankings de Melhor Baixista

O talento de Geddy Lee é tão notório que o baixista do Rush se mantém frequentemente entre os mais destacados quando alguém se arrisca em fazer alguma lista de melhores baixistas.

Rolling Stone: Os 50 maiores baixistas em todos os tempos.
Ledgernote: Top 10 Best Bassists of All Time (2023 Update)
Notreble: 2022 Reader Favorite Bassists – #1: Geddy Lee.
Udiscovermusic: Best Bassists Of All Time: 55 Legendary Bass Players
Whiplash: Top 10: Melhores Baixistas de todos os tempos
Wikimetal: Geddy Lee é eleito o melhor baixista vocalista

Geddy Lee Além da Música

Há muito mais para descobrir sobre esse artista multifacetado além de sua música. Geddy Lee é uma pessoa com uma ampla gama de interesses e talentos que se estendem para além do mundo da música.

Nesta seção, exploraremos os diversos aspectos da vida de Geddy Lee que vão além do palco e do estúdio de gravação. Vamos conhecer suas paixões, hobbies e contribuições em áreas que vão desde a literatura até o mundo do beisebol.

Sua paixão por beisebol

Fonte: Sportsnet

Geddy Lee pode ser visto (vez ou outra) nos jogos do Toronto Blue Jays, apoiando seu time de coração, aproveitando a atmosfera animada do esporte. Sua paixão pelo beisebol também se estende além das arquibancadas, já que ele é um colecionador de memorabilia de beisebol e tem uma impressionante coleção de itens relacionados ao esporte.

Lee doou em 2008 generosamente uma coleção impressionante de mais de 400 bolas de beisebol autografadas por lendas afro-americanas do esporte, e essas preciosas relíquias encontraram seu lar no renomado Museu de Beisebol das Ligas Negras em Kansas City nos Estados Unidos.

Ao justificar sua nobre ação, Lee expressou suas profundas motivações:” A América, supostamente o símbolo da liberdade, ainda tinha uma parcela da sociedade privada dessa liberdade. O beisebol, por sua vez, foi lento em sua trajetória rumo à integração, e felizmente, alcançou esse objetivo (…)Sempre há espaço para enaltecer as conquistas humanas.”

Mais recentemente, ao som de fundo de “Closer to the Heart”, Geddy Lee foi convidado na temporada de 2023 de beisebol para ser o narrador do vídeo de reinauguração do novo estádio dos Toronto Blue Jays – seu time de coração.
Também vale lembrar que há 10 anos, ele lançou o primeiro arremesso cerimonial na abertura da temporada dos Jays em 2013, e na temporada reduzida de COVID em 2020, seu time colocou um retrato recortado de Geddy nas arquibancadas para relembrar de sua “presença” importante.

Projetos Sociais

Além de sua brilhante carreira como baixista e vocalista do Rush, Geddy Lee também se envolveu em vários projetos musicais ao longo dos anos. Sua paixão pela música o levou a colaborar com outros artistas e explorar diferentes estilos e gêneros musicais. Nesta seção, vamos destacar alguns dos projetos notáveis em que Geddy Lee participou.

Hear’n Aid: Geddy Lee esteve presente em 1985 no projeto do supergrupo chamado “Hear ‘n Aid” liderado por Ronnie James Dio com intuito de arrecadar fundos para o combate à fome na África. Numa raríssima canção ao vivo da música “Distant Early Warning“.


Tears are Not Enough: O vocalista do Rush também contribuiu com vocais para a música “Tears Are Not Enough“, que contou com a participação de vários artistas do mundo do rock e do metal. Sua contribuição para essa causa humanitária demonstrou seu compromisso em usar sua influência para fazer a diferença.

Grapes for Humanity (Uvas pela Humanidade): é uma organização que arrecada fundos por meio de eventos de vinho e comida para apoiar causas humanitárias ao redor do mundo e o baixista do Rush como um amante de vinhos não poderia estar de fora.

Canadian Museum for Human Rights (Museu Canadense dos Direitos Humanos): Geddy Lee foi um dos doadores para o Canadian Museum for Human Rights, um museu localizado em Winnipeg, Manitoba, dedicado à educação e à conscientização sobre os direitos humanos. O museu foi inaugurado em 2014.

Histórias de bastidores de Geddy Lee Contadas por Famosos

Paul Rudd, ator

Sou um grande fã do RUSH e tive a oportunidade de conhecer Geddy durante as filmagens de “I Love You, Man”. Ele é uma pessoa incrível, super pé no chão. Certa vez, perguntei a ele como conseguia tocar e cantar ao mesmo tempo. Ele olhou para mim, sorriu e disse: “Paul, eu só faço isso porque não consigo fazer duas coisas separadamente”. Hilário!

Les Claypool, baixista do Primus

Tive a honra de dividir o palco com Geddy algumas vezes. Uma das melhores histórias que tenho é sobre o dia em que Geddy me ensinou uma de suas técnicas de baixo. Eu estava lutando para entender, então ele disse: “Les, você só precisa imaginar que está pescando. É tudo uma questão de paciência”. Acredite se quiser, mas isso realmente me ajudou!

Dave Grohl, vocalista do Foo Fighters

Lembro-me de uma vez em que Geddy Lee apareceu em um de nossos shows surpresa. Ele estava lá, na plateia, e eu pensei: “Por que não convidá-lo para subir ao palco?”. Eu o chamei e ele, sempre bem-humorado, disse: “Só se eu puder tocar a bateria”. Nunca ri tanto na minha vida!

Billy Corgan, vocalista do Smashing Pumpkins

Eu estava em um jantar beneficente e Geddy estava lá. Em algum momento da noite, ele pegou um violão e começou a tocar. Mas, em vez de tocar uma de suas músicas, ele começou a tocar “Happy Birthday”. Só que não era aniversário de ninguém! Geddy apenas deu de ombros e disse: “Bom, alguém, em algum lugar do mundo, está fazendo aniversário hoje”. Todos caímos na risada.

Steven Wilson, músico e produtor

Houve uma vez em que eu e Geddy estávamos em um estúdio e ele começou a experimentar alguns sintetizadores. Depois de um tempo, ele virou para mim e disse: “Steven, isso aqui é mais complicado do que parece. Acho que vou voltar para o meu baixo”. Ri muito naquele dia.

Robert Trujillo, baixista do Metallica

Eu tive a oportunidade de conhecer Geddy em um festival de música. Naquele dia, ele estava usando um chapéu de pescador. Perguntei a ele por que ele estava usando aquele chapéu, e ele me respondeu: “Robert, é porque eu estou pescando fãs”. Geddy Lee, sempre com um bom humor!

Curiosidades sobre Geddy Lee

A viagem pelo som dos sintetizadores, e a exploração espacial inspiradora nos anos 70

Vamos explorar algumas dessas curiosidades sobre Geddy Lee, revelando detalhes surpreendentes e divertidos sobre sua vida e carreira. (retirar essa proposta de toda hora apresentar ao leitor algo surpreendente, como: prepare-se, segura-se

Geddy Lee e o Mundo do Vinho

Geddy Lee, além de ser um talentoso músico, tem uma paixão pelos prazeres da vida, incluindo o mundo dos vinhos. Ele é um verdadeiro entusiasta e colecionador de vinhos, com uma adega impressionante. Sua jornada no mundo do vinho começou há muitos anos, quando ele começou a apreciar diferentes variedades e aprender sobre as complexidades da produção vinícola.

Geddy Lee também é conhecido por compartilhar sua apreciação pelo vinho em suas redes sociais e em entrevistas. Ele tem o prazer de conversar sobre suas descobertas e experiências com vinhos, e até mesmo recomendá-los a seus seguidores e amigos.

A Ordem do Canadá

Geddy Lee, junto com seus companheiros de banda: Alex e Neil, em virtude de suas contribuições receberam em fevereiro de 1997 uma das mais altas honrarias do Canadá: a Ordem do Canadá. Essa honraria é concedida a cidadãos canadenses que se destacaram em suas áreas de atuação e fizeram contribuições significativas para a sociedade. O Rush foi a primeira banda a receber esse prêmio na história do evento.

Receber a Ordem do Canadá é uma honra que destaca a importância de Geddy Lee como um ícone cultural e sua contribuição para a promoção da música canadense em todo o mundo.

Autor: Tânios Acácio e André Toga Machado

Farejamos Portal Rush Brasil
FAREJAMOS NOSSAS FONTES EM:

Wandering The Face of the Earth – The Official Touring History – Skip Daly e Eric Hansen.
A Estrada da Cura – Neil Peart. Editora Belas Letras.
Rush Album by Album – Martin Popoff.
Driven Rush in 90s and “In the End”- Martin Popoff.
Youtube.com
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