A Estrada da Cura – Ghost Rider – Neil Peart

O baterista do Rush decide encontrar a cura para sua dor na estrada.

Após o falecimento de sua filha Selena, e de sua esposa, Jackie em 1997/98, o baterista do Rush Neil Peart se transformou em uma pessoa desprovida da alegria de viver. Atormentado em casa, convivendo com dolorosas lembranças, Neil decide pegar a estrada com sua moto BMW R1100GS, para rodar 90 mil quilômetros, sem traçar qualquer destino, em busca de um motivo para preencher o vazio que sente até se tornar o Ghost Rider.

Com a honestidade pulsante que caracteriza as letras do Rush, Peart narra sua viagem de moto perpassando Canadá, Estados Unidos até à América Central enquanto busca significado para sua vida. “Ghost Rider” é um relato catártico que se entrelaça com reflexões filosóficas, encontros humanos e a constante busca por alguma forma de paz interior. A transparência com que Peart compartilha suas experiências confere ao livro uma qualidade universal, ressoando com qualquer pessoa que tenha enfrentado a escuridão do luto.

Qual Origem do nome “Ghost Rider”?  Por que Neil usou esse nome em seu livro?

Veja em nossa seção FAQ – Perguntas Frequentes Sobre o Rush. Pergunta: 22.

Estilo literário do cotidiano

Ainda que seja um livro de ressignificação, é importante dizer que alguns leitores possam achar prolixo a descrição dos eventos corriqueiros na viagem de Neil, no entanto, há leitores que dizem que “o charme” da obra está exatamente no cotidiano de Neil pela estrada.

O leitor é levado por estradas secundárias e pensamentos profundos, onde a paisagem serve como metáfora para o estado mental de Peart. A narrativa é pontuada por cartas enviadas a amigos e familiares, que servem como marcos em sua jornada emocional. O estilo de escrita de Peart é reflexivo e detalhado, oferecendo uma visão íntima de sua alma atormentada, enquanto busca conforto na solidão e no ritmo da estrada.

Leia aqui nossa entrevista com Candice Soldatelli, a tradutora de Ghost Rider: A Estrada da Cura

Verdade seja dita, há quem não consiga terminar de ler “Ghost Rider” devido a sua imensa densidade emotiva do luto, mas sim, é um livro de superação e de redenção e algum sentido de um dos músicos mais brilhantes da história da música

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Editora: Belas Letras
Tradução: Candice Soldatelli