Masked Rider: O Ciclista Mascarado

Editora: Belas Letras
Tradução: Candice Soldatelli

Andar de bicicleta é um bom modo de viajar em qualquer lugar, mas principalmente na África, onde você se torna independente e móvel, e assim viaja na ‘velocidade das pessoas’ – rápido o bastante para se deslocar até a próxima cidade nas horas mais frescas da manhã, mas devagar o suficiente para conhecer as pessoas: o velho agricultor na beira da estrada que ergue a mão e diz ‘vocês são bem-vindos’, a mulher incansável que oferece um sorriso tímido ao ciclista, as crianças das risadas que transcendem a casinha mais humilde”- Neil Peart.

Neil Peart, o baterista lendário do Rush, nos apresenta “O Ciclista Mascarado“, um relato fascinante de sua aventura ciclística pelo continente africano. Diferente de suas outras obras, que embora ricas em detalhes, às vezes se perdem em divagações, este livro se destaca por sua fluidez e capacidade de prender a atenção do leitor do início ao fim. Terminado três semanas antes do previsto, este livro se revela não apenas como uma narração de viagens, mas como uma aventura literária que enriquece quem a lê.

Peart transporta o leitor para a África com descrições vivas da paisagem e interações memoráveis, tanto com seu grupo de ciclismo quanto com os nativos, em um estilo que beira o de um repórter experiente. A honestidade de Peart ao compartilhar as frustrações e desafios enfrentados durante a viagem, desde interrogatórios tensos na fronteira até as adversidades do dia a dia, faz com que o leitor se sinta parte da jornada, experimentando cada momento ao lado do autor.

Foto O Cicilista Mascarado - Capitulo 7 - Fabricantes de tambor em Gana
Foto “O Cicilista Mascarado” – Capitulo 7 – Fabricantes de tambor em Gana

Entre Desafios e Revelações de Neil

A motivação por trás dessa escolha de viagem, que envolveu viver de maneira primitiva e enfrentar condições muitas vezes precárias, permanece um mistério, talvez digno de outra obra. A experiência, no entanto, revela momentos de tensão e perigo, incluindo um encontro dramático com um oficial militar, que poderia ter mudado o destino do Rush em 1988, não fosse por uma intervenção corajosa.

Peart não suaviza suas impressões sobre a África, oferecendo um relato sem filtros que reflete tanto as dificuldades quanto as belezas encontradas. Além disso, ele não poupa críticas aos comportamentos dos companheiros de viagem e autoridades locais, usando “O Ciclista Mascarado” também como uma forma de desabafo e reflexão sobre suas próprias inseguranças e visões de mundo.

Ao fechar o livro, o leitor é deixado com uma apreciação renovada pelas conveniências da vida ocidental, mas também com um sentimento de gratidão pela oportunidade de ter acompanhado Peart em uma viagem tão reveladora. “O Ciclista Mascarado” é mais que uma história sobre ciclismo; é uma jornada de autodescoberta, desafios e, acima de tudo, humanidade. E para os fãs prontos para embarcar nesta aventura, lembrem-se de usar o cupom PORTALRUSH10 para um desconto especial no site da Editora Belas Letras.

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